sábado, fevereiro 14, 2004

 
152 - MAIS LIVROS... em breve.

O CASO "UNIVERSIDADE MODERNA"

“É claro que a opinião pública não é isenta, está dominada por preconceitos, pode ser também objecto de manipulação. Talvez. O processo penal não é perfeito e o mundo também o não é. Mas o processo penal cumpriu ao menos parcialmente a sua função: os tais factos vieram para a praça pública. Estão num processo que todos podem consultar.
O resultado não é perfeito: mas mesmo assim talvez tenha alguma eficácia dissuasória.
E não é essa a função mais importante do Direito penal?
Todos estes dilemas, que atravessam sempre uma investigação criminal e o seu julgamento, são refinadamente tratados pelo Rui Costa Pinto nas crónicas que agora edita.”

Do Prefácio de Maria José Morgado

Esta obra conta ainda com testemunhos de Manuel Dores: Procurador adjunto do Ministério Público; Manuel Vaz: Revisor Oficial de Contas da Dinensino; José Maria Bello Dias: Advogado; Jorge Raposo: Juiz; Paula Lourenço: Advogada; Raúl Soares da Veiga: Advogado

O Autor


Rui Costa Pinto, 43 anos, Grande Repórter da revista Visão, desempenhou diversas funções em órgãos de comunicação social escrita e falada. Após ter frequentado o Instituto de Ciências Políticas de Paris, regressou ao Porto, onde nasceu, a 7 de Dezembro de 1960, para abraçar o jornalismo, “a profissão mais bonita do mundo”, como gosta de lhe chamar. Após a sua passagem pelas delegações do Diário de Notícias e do Diário e Semanário Económico, no Porto, rumou ao Oriente para descobrir a arte do jornalismo radiofónico, na TDM, em Macau, onde assinou diversos artigos como correspondente do Diário de Notícias. De volta a Portugal, integrou a redacção do semanário O Independente e, posteriormente, a equipa de jornalistas da Visão, a partir de Março de 2001.

RAFAEL - o novo romance de Manuel Alegre

Andará de casa em casa, de hotel em hotel, mudará o nome, mudará o rosto, deixará crescer o bigode, usará óculos sem lentes, um passaporte para os hotéis, outro para viajar, em cada novo documento um nome e uma profissão diferente, está clandestino dentro de si mesmo, perdeu os locais, as referências, a identidade. É ele e já não é, não usa o nome próprio, tem quatro ou cinco pseudónimos que são um outro ou outros, heterónimos do desaparecido que traz dentro de si, ora é francês, ora espanhol, ora argelino, ele é sozinho, não propriamente, como queria o outro, uma literatura, mas uma nova brigada internacional.

O Autor

Manuel Alegre nasceu em Águeda a 12 de Maio de 1936. Estudou em Lisboa, no Porto e na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi campeão de natação e actor do Teatro Universitário da Universidade de Coimbra (TEUC). Em 1961, é mobilizado para Angola onde participa num movimento de resistência no interior das Forças Armadas e numa tentativa de revolta militar. Preso pela PIDE, passará seis meses na fortaleza de S. Paulo em Luanda, onde encontra Luandino Vieira. Ali escreve grande parte dos poemas do seu primeiro livro A Praça da Canção (1965). No início de 1964 volta a Coimbra, mas a perseguição policial obriga-o à clandestinidade e, posteriormente, à emigração. Em Outubro de 1964 é eleito membro do comité nacional da Frente Patriótica de Libertação Nacional e passa a trabalhar em Argel na emissora Voz da Liberdade. Regressa a Portugal após o 25 de Abril de 1974. É actualmente deputado pelo Partido Socialista à Assembleia da República .
É autor, entre outras obras de 30 Anos de Poesia (prefácio de Eduardo Lourenço, 1995, em 2ª edição), que assinala os 30 anos da publicação de A Praça da Canção, do volume de contos O Homem do País Azul (1989) e dos romances Jornada de África (1989, 2ª edição), Alma (1995, 7ª edição) e A Terceira Rosa (1998, 2ª edição), da colectânea de textos políticos Contra a Corrente (1997) e dos livros de poesia Senhora das Tempestades (1998, 2ª edição) e Rouxinol do Mundo – Dezanove Poemas Franceses e um provençal subvertidos para Português (1998). Ao seu livro Senhora das Tempestades foram atribuídos o Grande Prémio de Poesia APE-CTT 1998 e o Prémio da Crítica 1998 da Associação Internacional dos Críticos Literários.
A sua poesia encontra-se reunida em Obra Poética (1999), volume no qual estão incluídos os seus livros Pico, Alentejo e Ninguém e Che bem como inúmeros inéditos. Obra Poética teve a sua 6ª edição em 2000. Em 2002 publica o ensaio A Arte de Marear e a novela Cão Como Nós. Rafael é o seu mais recente romance.

PARA ALÉM DA CRENÇA - V. S. NAIPAUL, Prémio Nobel de Literatura em 2001

Este é um livro sobre um dos temas mais importantes e mais perturbadores do nosso tempo. Porém, não é uma obra de opinião. É – à maneira de Naipaul – um trabalho muito rico e muito humano, cheio de pessoas e de histórias. O islamismo é uma religião árabe que faz imperiosas exigências de arabização aos seus convertidos. Nesta óptica, é mais do que uma fé privada, pode tornar-se uma neurose. O que fez este Islão árabe à História da Indonésia, do Irão, do Paquistão e da Malásia? Como é que estes novos muçulmanos vêem o seu passado – e o seu futuro?

Numa continuação de Among the Believers, o relato clássico das suas viagens por estes países, V. S. Naipaul está de volta, após um intervalo de dezassete anos, para descobrir como e o que pregam os convertidos.

O Autor

V. S. Naipaul nasceu em Trinidade, no ano de 1932. Frequentou o University College, em Oxford, e estabeleceu-se em Londres, onde iniciou a sua actividade de escritor. As suas obras de ficção incluem: The Mystic Masseur (1957, Prémio John Llewellyn Rhys), The Suffrage of Elvira (1958), Miguel Street (1959; Prémio Somerset Maugham), Uma Casa Para Mr. Biswas (1961), Mr. Stone and the Knights Companion (1963; Prémio Hawthornden), The Mimic Man (1967; Prémio W. H. Smith), A Flag on the Island (1967), In a Free State (1971; Booker Prize), Guerrillas (1975), A Curva do Rio (1979), The Enigma of Arrival (1987) e A Way in the World (1994). V. S. Naipaul é ainda autor de uma vasta bibliografia de viagens e testemunhos sobre a Ásia, a América do Sul, a África e o Médio Oriente: The Middle Passage (1962), An Area of Darkness (1964), India: A Wounded Civilization (1977) e India: A Million Mutinies Now (1990). Publicou ainda The Loss of El Dorado (1969), The Overcrowded Barracoon (1972), The Return of Eva Perón juntamente com The Killings in Trinidad (1980), Among the Believers (1981), Finding the Centre (1984) e Letters Between a Father and Son (1999). Em 1995, regressou à Indonésia, ao Irão, ao Paquistão e à Malásia. Para Além da Crença é o relato destas viagens. V. S. Naipaul recebeu o grau de Cavaleiro, na lista de honra do Ano Novo de 1990, por serviços à Literatura e em 1993, foi o primeiro a merecer o Prémio David Cohen de literatura britânica e em 2001 foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura.